O segundo dia do JavaOne começou com uma General Session comandada pelo Vice-presidente Senior da Oracle, que assisti via web cast enquanto blogava. O tema principal foi mostrar sua plataforma de aplicações empresariais, como foco nas integração de diferentes meios de comunicação como instanting messaging e dispositivos móveis. Em seguida, as sessions sobre Swing Application Framework (TS 6605) e BeansBinding (TS 6657), JSRs importantes para o desenvolvimento Java para desktop, com um excelente suporte no NetBeans, o que facilita muito a vida do desenvolvedor.
Durante a tarde vale destacar o inspirado (e inspirador) Simon Phipps, falando o sobre os futuros desafios do open source e da tecnologia Java na TS 7064. Usando muitas fotografias, Simon contou um pouco da história da Sun no envolvimento com as comunidades de software livre. Não escapando de falar sobre licenciamento, ele ressaltou que a escolha da uma determinada licença não é apenas uma questão de direitos/deveres, mas está intimamente ligada a "que tipo de comunidade quero pertencer?". Isso justifica a decisão colocar o OpenJDK sobre a GPL, aproximando Java da filosofia da Free Software Foundation. Não é à toa que varias distribuições Linux estão incluindo o OpenJDK. Para a Sun, open source está relacionado a participação. Em sua fala, o Brasil foi citado algumas vezes com um dos países mais fortes quanto a isso. Phipps mostrou foto do nosso Ministro da Cultura, de um tele-centro no interior do país e do FISL. A Sun acredita fortemente num modelo de negócios baseado em serviços agregados, pois não crê mais na receita oriunda de venda de licença de software. Que sirva de exemplo!
Logo após, assisti a uma sessão "intimista" com James Gosling no Community Corner. Falando para cerca de 30 pessoas, Gosling contou estar satisfeito com a evolução da tecnologia, que aprecia a tendência crescente de rodar Java em vários tipos de dipositivos e que acha natural a existência de outras linguagens (como Groovy ou JavaFX) rodando sobre a JVM (ele mesmo certa vez estava meio entediado e criou um compilador Fortran para Java, "just for fun!"). Da platéia, várias perguntas. A mais curiosa para mim foi: "se voce fosse aprender uma nova linguagem hoje, qual seria?". Ele respondeu na "lata": "Essa foi facil. Scala, com certeza!". Como apenas ouvi falar, acho que vou precisar pesquisar um pouquinho para saber do que se trata e entender porque tanto interesse.
Session do James Gosling no ComunnityCorner
Num intervalo, estive com Peter Korn, arquiteto de acessibilidade da Sun. Korn fez uma breve demonstração de recursos maravilhosos que estão disponiveis no OpenSolaris para pessoas com algum tipo de deficiência. Uma delas (a idéia é colocar o video no YouTube) mostrou um software que permite a pessoa "digitar" palavras apenas com o movimento da cabeça numa velocidade incrível! So vendo para entender! Ele também falou sobre o Orca, um leitor de tela open source para o Gnome. Na página de acessibilidade da Sun tem mais detalhes. Foi um bom contato inicial para fazermos alguns testes com a próxima versão do programa do Imposto de Renda Pessoa Física.
Eu, Eduardo Lima, Peter Korn e Bruno Souza
Minha última palestra do dia foi o Java Champions BOF. Alguns dos campeões de Java estavam na mesa e fizeram questionamentos e provocações a Sun. Na platéia, da mesma forma. A Sun afirma fazer questão de ouvir feedback de pessoas tão influentes. Uma das críticas curiosas foi relacionada ao JavaFX, que está sendo muito falado nessa edição do JavaOne. Alguns champions estão preocupados com uma possível mudança de foco da Sun, que contra-argumenta: "Java é a base disso tudo, portanto continuamos firmes na evolução dessa tecnologia. Não podemos ignorar, no entanto, a existencia das outras linguagens de scripting". Conheça mais sobre os Java Champions no site java-champions.dev.java.net.
À noite estive num jantar com o time do NetBeans, algums outros executivos da Sun e poucos convidados. Além de uma boa comida italiana, tive uma conversa rica e produtiva com engenheiros da Boeing. Depois disso, a Sun Developer Network Party, uma festa com muito rock e brasileiros bem animados (Brasil e Holanda meio que disputam a categoria "Animação", então parece que estamos na vantagem), contagiando os demais. Na festa pude agracer pessoalmente a Rich Sands (Community Marketing Manager for Java SE) pelas citações ao IRPF (no FISL eu demonstrei o programa para ele), aproveitando para reinvidicar a internacionalização do JavaWebStart e JavaHelp para o português do Brasil.
Eu e Rich Sands
Bom, foi um dia especial, muito mais de conversas e networking do que de palestras. Aliás, todas as palestras do evento estarão (algumas já estão) disponíveis on-line, portanto você poderá ver tudo o lhe interessar. Até amanhã!
quinta-feira, 8 de maio de 2008
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