quinta-feira, 12 de agosto de 2010

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Groovy, meus primeiros passos - configurando o ambiente

Eu já simpatizava com o Groovy há algum tempo, por causa de leituras (principalmente da JavaMagazine), mas ainda não tinha tomado iniciativa de aprender. Por causa das sessões de Coding-Dojo, que o dojo-bahia vem realizando, a vontade de conhecer linguagens novas vem aumentando. O próximo Dojo está marcado para 25/08. E eu me comprometi em coordenar. Advinha qual será a linguagem?! :-D

Bom, eu poderia ir no caminho mais fácil que conheço. Baixar o NetBeans 6.9.1 que já vem com o suporte completo a Groovy. Até já usei e fiz uns testes (gosto bastante do NetBeans!), mas para a simplicidade do Dojo vou optar pelo prompt de comando e editor de texto simples. Vou relatar aqui os passos que segui para configurar o ambiente no Ubuntu 8.04, que é a versão atual usada no Serpro.

1) Instalando o Groovy
Supondo que você já tem Java instalado, vamos direto ao ponto. Abra o terminal e digite sudo apt-get install groovy. Quando concluir, digite groovy -v e pronto! E você verá a versão instalada (no meu caso, apareceu Groovy Version: JVM: 14.3-b01)

É só isso mesmo. Aqui uma referencia mais detalhada, que fala inclusive do Grails, que não vou tratar no momento.

Se você ficou entediado com essa forma de verificar se o Groovy está instalado, então experimente digitar isso na linha de comando: groovy -e "new File('.').eachFileRecurse { println it }". Ele vai listar todos os arquivos da sua pasta! Agora tente fazer isso em Java com uma única linha...

Ainda tá chato? Então vai no groovysh e tenha uma noção do que você pode fazer:


2) Configurando o Gedit para reconhecer o Groovy

Tem quem goste de vi, pico, nano, e por ai vai. Eu mesmo comecei minha carreira programando em Cobol, usando vi, num Cobra 3270 (e olha que nem sou tão velho assim). Na época era fera, mas tô enferrujado então melhor não arriscar. O Gedit já vem no Gnome, é conhecido e fácil de utilizar, então tá escolhido.

Depois do passo 1 já é possível criar programas Groovy, mas o Gedit por default não conhece sua sintaxe, então não deixa o código colorido o que já seria uma boa ajuda para os iniciantes que verão Groovy pela primeira vez no Dojo. Fui procurar como habilitar. É simples.

Baixa e descompacta o arquivo grails-gedit.tar.bz2. No prompt, executa o ./install.sh. Ele vai automaticamente copiar uns arquivos *.lang e *-mime.xml nas pastas /usr/share/gtksourceview-2.0/language-specs/ e /usr/share/mime/packages/. Depois, execute o comando sudo update-mime-database /usr/share/mime. E só! Descobri isso neste site.

Agora se você criar um arquivo qualquer com a extensão .groovy o Gedit já vai reconhecer. Veja:


3) Mais umas coisinhas legais pro Gedit

Eu também não sabia, mas o Gedit aceita plug-ins. Veja no site oficial do gedit que já existem tem alguns oficiais, outros de terceiros. Neste outro site tem uma lista bem legal em português. Para instalar os oficiais, comando sudo apt-get install gedit-plugins. Depois abre o Gedit, escolhe Editar/Preferências, aba Plug-ins e habilita os que achar interessante. Selecionei 3: Comentar código; Fechamento automático de parenteses; Comentário embutido. Neste post tem outras dicas para um ambiente de programação com gedit.

4) Executando uma aplicação Groovy

Vou adaptar o exemplo teste1.groovy, mostrado no passo 3. Para executá-lo você pode usar o próprio Gedit, pedindo para Ver/Painel Inferior (Ctrls+F9), e digitar groovy teste1.groovy. O resultado aparecerá logo abaixo.

Clique na imagem para melhor visualizar

No próximo post direi como configurar esse ambiente para permitir trabalharmos com teste unitários, afinal Coding-Dojo sem TDD é que nem cozido sem banana da terra. :-P

2 comentários:

Kico (Henrique Lobo Weissmann) disse...

Quer ver algo bem bacana? Use o Groovy Console (groovyconsole.sh ou groovyconsole.bat). Trata-se de um REPL bastante simples para você experimentar seus códigos.

É a melhor ferramenta que conheço para quem está aprendendo a linguagem. Na realidade, para programadores experientes também. NO meu dia a dia, acabou virando uma "IDE" alternativa para quando preciso desenvolver scripts de manutenção ou mesmo pequenos sistemas.

A propósito, tenho um pequeno guia de Grails para te ajudar. http://guiagrails.itexto.com.br

Mauricio Ferraz disse...

No Ubuntu 14.04 os ficheiros *.lang vao para: /usr/share/gtksourceview-3.0/language-specs/