O maior evento do mundo do software livre acontece pelo 9o ano consecutivo no Brasil, em Porto Alegre. O Fórum Internacional de Software Livre 2008 reúne desenvolvedores, administradores de rede, afixionados por tecnologias, comunidades de usuários, gestores, políticos e, sim, programadores Java. Neste ano resolvir mandar posts diários sobre o que tenho visto de mais interessante, mas não espere só coisas ligadas a Java. Ultimamente tenho procurando muito mais entender o funcionamento do mundo do SL do que assuntos puramente técnicos. Bom... lá vai!
Gostei bastante da palestra Creación colaborativa de Empresas - Cooperativismo y Software Libre, ministrada pelo argentino Leandro Monk. contando sua experiência como fundador de uma cooperativa de trabalho em SL. Monk focou em aspectos interessantes como os princípios de adesão aberta e voluntária, controle de democrático e participação econômica dos sócios, autonomia e independência, e cooperação entre cooperativas. Como obstáculos, apontou e a falta de confiança e compromisso de sócios, juntamente com a burocracia governamental. As cooperativas de SL aparecem como alternativas ao modelo não tradicionais de trabalho. Na Bahia a Colivre é pioneira e pode te ajudar a entender melhor como esse mundo funciona.
Quanto a Java, tive boas conversas com profissionais da Sun, que só fortalecem a parceria com o JavaBahia. Também estive com Manoel Pimentel, do NetBeans User Group Brazil, que já passa dos 400 membros com menos de 1 ano e meio. No final da tarde fui convidado a apresentar o IRPF Java durante 1/2 hora para o Rich Sands, Community Marketing Manager do Java SE. Interessado nos desafios encontrados pela equipe de desenvolvimento e nas características técnicas da aplicação, Rich ficou impressionado com os números: Mais de 17 milhões de downloads e 8 milhões de declarações transmitidas (e o prazo para entrega sem multa ainda é no final de abril!).
Outra palestra que prometia uma boa discussão era a Artistas e Programadores: Como Interfaces de Usuarios Impactam o Movimento de Software Livre, conduzida pelos irmãos Ean e Erick Schuessler (da Brainfood). A idéia era debater, com mais alguns convidados, como designers e programadores poderiam se aproximar mais para criar aplicações de melhor usabilidade. Outra questão seria como envolver designers nos eventos e comunidades de SL. Do meio pro fim, perdeu-se um pouco o fio da meada, descambado para discutir coisas como "O Inkscape e o GIMP substituem o CorelDraw e o Photoshop" ou "existem opções livres para os softwares de design gráfico". Vou tentar conversar um pouco com eles para compreender melhor suas idéias, mas fiquei com a sensação de que o tema central deve ser retomado e debatido inclusive nas universidades.
Ao final do dia, o diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, apresentou a Política de SL do Serpro. Mesmo sendo funcionário da empresa, é sempre bom ouvir o quanto o Serpro e o governo Brasileiro estão atuando nessa questão. Ouvi repercussões positivas sobre sua fala. Podemos esperar cada vez mais participação ativa de funcionários públicos nas comunidades de usuários, bem como um aumento na contribuição entre empresas de governo, disponibilizando o código das suas soluções para a sociedade.
No post do 2o dia vou tentar colocar algumas fotos (dá uma Googlada) e falar mais um pouco de Java. Nada como participar pessoalmente, mas vou tentando dar uma idéia de como estão as coisas por aqui...
sexta-feira, 18 de abril de 2008
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1 comentários:
Serge,
Parabéns por mais essa iniciativa de compartilhar suas experiências do FISL 9.0 com o JavaBahia. Fico feliz em você ter apresentado o IRPF validando através de números a eficiência do sistema desenvolvido em Java.
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