segunda-feira, 12 de maio de 2008

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JavaOne 2008 - 4o Dia

A General Session do último dia do JavaOne 2008, comandada por James Gosling, mostrou uma quantidade incrível de coisas legais sendo feitas com Java. Indo desde o ótimo suporte ao JavaScript que está disponível no NetBeans 6.1 (com code completion, debugging e warnings quando algum metodo não funciona bem em determinado browser), da VisualVM, aplicação muito últil para monitoração e profiling, passando por jogos usando o JMonkey Engine e Project Darkstar, até aplicações críticas na organização européia de pesquisa nuclear (CERN) e um carro de verdade (o Tommy Jr), que não precisa de ninguém dirigindo (nem de controle remoto!), chegando até outros planetas, usando Java na missão Marte com o JMars, projeto open source. Como no primeiro dia, mais uma vez o Sentilla foi mostrado, com várias bolas gigantes sendo jogadas para a platéia, enquanto um gráfico na tela exibia a trajetória de cada uma.


Tem Java até em Marte!

Na minha visão, o mais fantástico foi a demonstração da Pulse Smartpen, uma caneta/gravador/computador que faz de tudo: enquanto grava voz e escaneia o que está sendo escrito em som 3D (ele não grava só o que se fala, mas também o que se ouve, pois cada fone de ouvido tem também um microfone), depois permitindo ouvir cada tópico com apenas um clique. O que você acha então de desenhar as teclas de um piano em um papel e tocá-lo com a caneta, escolhendo o ritmo e instrumento? Bom, tem também um tradução automática do que você escreve e uma aplicação que via wireless busca o nome de uma JSR. Bem melhor do que imaginar como isso tudo funciona, veja você mesmo. A parte da Smartpen começa mais ou menos aos 56 minutos, mas sugiro assistir tudo, pois é imperdível. Ao final da General, uma foto dos brasileiros com John Gage, que aliás foi homenageado e ganhou um troféu e um quadro de seus colegas de Sun, no início da sessão. Gage é uma unanimidade e uma simpatia!


John Gage e o time do Brasil

Nos intervalos, dois momentos ímpares com Aaron Houston, coordenador do Programa dos Grupos de usuários Java, na Sun. No primeiro, eu e Magno (RioJug) ganhamos de presente dois Sun SPOT Java Development Kit. Agora, em nossos estados, podemos ajudar a desenvolver software em Java para dispositivos embarcados usando a Sun Small Programable Object Technology (SPOT). Lembre-se: O presente foi para o JavaBahia, então me procure se você tem interesse de conhecer o dispositivo e/ou desenvolver algo usando a tecnologia (mais sobre o assunto em www.sunspotworld.com). No início da tarde foi Aaron que recebeu um presente: Uma camisa da seleção brasileira autografada por todos nós.


Que presentão, hein?!

Ainda assiti a sessões sobre ferramentas open source para Java EE (TS-7479), focando basicamente no JBoss Tools e funcionalidades para SOA (aliás, tinha uma área no pavilhão exclusiva para solucões SOA, livres e proprietárias). Outra bem interessante foi a comparação entre Groovy e JRuby (TS-6050), linguagens de scripting que rodam na JVM. Aprendi duas coisas: 1) A combinação desse tipo de linguagem com Java pode ser útil em muitas situações (inclusive para elaboraçào de scripts de testes), implicando em aumento de produtividade. 2) É preciso estudar mais, pois elas (pricipalmente o Ruby) são bem diferentes do Java que estamos acostumados. Ainda perdi uma sessão com o criador do Spring, Rod Johnson, mas soube que foi muito boa!

Aliás, conversando com Bruno Ghisi (Java Champion, criador do projeto Marge e entusiasta de Java ME), em seu primeiro JavaOne, ouvi uma consideração perfeita: É melhor escolher as palestras considerando mais quem são os palestrantes (os Rock Stars são considerados os melhores pelo público) do que pelo tema, afinal todas as apresentações podem ser acessadas depois mesmo. Imediatamente concordei com ele: onde mais a gente vai poder estar ao vivo com a pessoa que criou o projeto/ferramenta/livro que você mais gosta?!? São oportunidades raras e tem várias personalidades ilustres em um JavaOne.

Em posts curtos certamente esqueci de citar temas, fatos e pessoas importantes. Tenho em mãos uma quantidade enorme de material (o JavaOne Today, por exemplo, jornal diário que é distribuído no evento) que me dará insumos para continuar postando durante algum tempo (mas sem o compromisso diário :-D). As fichas do JavaOne não caem todas de uma vez...

Bom, quero finalizar agradecendo a todos os que leram este blog, às várias pessoas com quem conversei durante o JavaOne, ao Serpro, ao JavaBahia, ao SertãoJUG e à família (que, a propósito, está aumentando em breve!), principal razão da minha existência. Me esforcei ao máximo paro representá-los à altura e chego ao Brasil com a sensação de dever cumprido! A Bahia está no mapa mundial do Java.


Valeu Daniel! Quem sabe próximo ano, novamente por aqui...

1 comentários:

Alexandre M. Lima disse...

Muito obrigado, Serge, pelas informações e notícias sobre o evento. Realmente nos inpira a procurar participar no próximo ano. Parabéns!